sábado, 29 de setembro de 2007

O CULTO IDEAL


Amanhã, milhares de pessoas no Brasil se dirigirão para os templos evangélicos. É domingo, dia em que nos reunimos para adorar a Deus. A relevância de uma reunião como essa é difícil de ser exagerada. A Bíblia ensina com muita clareza que os cristãos devem se reunir para adorar ao seu Criador. O poder de transformação de um encontro como este é fato incontestável e amplamente atestado pela história do cristianismo, sem mencionar nossa experiência pessoal.

Qual seria o culto ideal? Como os que freqüentam estes encontros podem aproveitá-los da melhor maneira, e os que são responsáveis pela sua organização, torná-los o mais bíblico, atraente e relevante possível?

1. Os pastores devem ter um texto bíblico para expor. A autoridade do ministro reside na autoridade da Palavra de Deus.

2. Os pastores devem subir ao púlpito com o texto bem estudado e um sermão bem redigido. O que seria um sermão bem redigido? Um sermão bem redigido tem uma introdução, na qual o texto é visto à luz do seu contexto, uma apresentação clara da verdade essencial contida no texto que o pregador anelar proclamar, uma defesa dessa mesma verdade, mediante a apresentação de proposições solidamente alicerçadas na Bíblia e defendidas mediante o uso de textos da própria Escritura que comprovam a doutrina, em seguida, este sermão deve ser aplicado, de uma tal maneira que, suas implicações práticas sejam observadas por todos, e, por fim, uma conclusão rápida.

3. Os pastores deveriam amanhecer com seus corações aquecidos pela verdade, suas consciências apaziguadas pela graça de Deus, seus pecados confessados e abandonados, e, em espírito de oração, se dirigirem para suas congregações, a fim de causar a clara impressão aos seus ouvintes de que acabaram de sair da presença de Deus.

4. Os pastores deveriam pregar como homens, anunciando a verdade de modo franco, claro, objetivo, educado, simples, sem afetação, evitando falar sobre si mesmos, mostrando a relevância do texto bíblico e de uma tal forma que as pessoas sejam levadas a crer que o pregador crê no prega.

5. Os músicos deveriam chegar cedo, a fim de ajustarem o som, separarem as letras que serão exibidas e orarem. Todos bem vestidos, em trajes apropriados, entoando as canções como adoradores e não como artistas, participando do momento da entrega da mensagem e atentos para a conclusão do culto a fim de que sua participação final seja condizente com a obra que o Espírito revelou na mensagem tencionar operar na vida da igreja.

6. Este culto deve abrir espaço para o exercício das principais formas de oração: adoração (onde Deus é adorado pelo que ele é), confissão de pecados (o culto a Deus produz inevitavelmente convicção de pecado. Neste momento a igreja pode ser orientada a confiar mais na misericórdia de Deus do que na sua inocência), ações de graça (onde Deus é louvado pelo que Ele faz), petição (onde os pedidos são apresentados a Deus) e oração de iluminação (onde o pastor pede juntamente com a igreja, que o texto bíblico a ser exposto, seja compreendido por todos).

7. Os avisos devem ser mínimos e breves.

8. Nenhuma exigência que a Bíblia não faz deve fazer parte do culto a Deus. A Confissão de Westminster ensina que idolatria não é apenas adorar a um deus falso, mas adorar ao Deus verdadeiro de uma forma diferente daquela que é prescrita na sua Palavra.

9. O culto deve ter como meta alimentar as ovelhas, em vez de entreter os bodes (Richard Lovelace).

10. A principal marca desta reunião é um senso de transcendência que se apodera do coração de todos. O objetivo não é entretenimento, mas comunhão com Deus. Há pastores e músicos que destróem este senso de transcendência por quererem parecer bem humorados.

11. Todos devem se dirigir para este tipo de encontro na firme expectativa de que o Espírito Santo pode cair sobre a congregação repentinamente.

12. A igreja deve ouvir mais do que cantar.

13. O dirigente do culto deve se lembrar que não está em casa para ficar saudando pessoas. O adorado é Deus.

Poderíamos falar muito mais. Quem sabe mais tarde escreva alguma coisa. Mas, penso que o que já vimos até aqui, caso fosse aplicado por todos nós em nossos cultos, faria com que nos dirigíssemos para a igreja no domingo com um enorme senso de privilégio.

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