sexta-feira, 27 de junho de 2008

PROFECIA QUE ESPERAMOS NÃO VER REALIZADA


Essa foto foi extraída do Globo Online. Procure na internet, telejornais e jornais a cobertura, acima das expectativas, que recebemos no dia de hoje, ocasião em que realizamos um ato público de alerta. Caso nada aconteça no campo da segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, 4000 pessoa no mínimo irão morrer no semestre que se inicia.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

RELEASE QUE ESTAMOS MANDANDO PARA TODA A IMPRENSA ESSA MANHÃ

Movimento Rio de Paz pede posicionamento dos governos estadual e federal em mais um protesto cívico

Ato público chamará a atenção para dado alarmante: 4 mil assassinatos ocorrerão no próximo semestre no Estado do Rio



O Rio de Paz prepara-se para um dos atos públicos mais importantes desde sua fundação no início de 2007. Em vez de denunciar o que aconteceu,como das vezes anteriores, anunciará o que está para ocorrer. O protesto, que está sendo chamado de “Os 4.000 que estão para morrer: quem os salvará?”, emitirá um sinal de alerta sobre o que poderá acontecer no 2º semestre de 2008, caso o Governo não tome providências emergenciais na área da segurança.

Representando a estimativa de assassinatos no Estado do Rio nos próximos seis meses (projeção feita a partir dos números do ISP e CESEC), 4.000 balões vermelhos (biodegradáveis), contendo gás hélio, serão fixados nas areias de Copacabana, nesta sexta-feira, simbolizando o sangue dos cidadãos que estão para morrer até final de 2008.

Os organizadores da manifestação, que acontece das 6h às 11h, exigirão um posicionamento das autoridades públicas sobre o iminente massacre humano. O Manifesto pela Redução de Homicídio no Brasil, que já conta com mais de dez mil adesões, será encaminhado ao secretário de segurança e ao governador do estado do Rio de Janeiro.

O Estado do Rio tem enfrentado o drama de enterrar anualmente 8.000 pessoas vítimas de homicídio. Se somarmos a essa estatística o número de cidadãos fluminenses assassinados, mas que constam na lista de desaparecidos (4.633 no ano passado), essa cifra pode chegar a mais de dez mil homicídios.

Policiais e pesquisadores no campo da segurança pública têm afirmado que, provavelmente, cerca de 70% dos casos de desaparecimento resultam de assassinatos. Isso significa que até o final do ano pelo menos quatro mil seres humanos terão a vida ceifada de uma forma ou de outra no Estado do Rio.

“A maior necessidade de quem governa um estado como o nosso é humildade para admitir o fato de que é impossível dar um fim aos crimes que nos envergonham sem o apoio da população e do governo federal. Há uma justificativa moral, em razão de tão elevado número de mortes por assassinato prestes a acontecer, que se discuta uma forma de a curto prazo impedir esse massacre de vidas humanas. Um país que vem de um passado recente de casos de desaparecimento em razão de perseguição política, não pode lidar de modo impassível e indiferente com o mesmo tipo de crime no presente. Em que vala, lagoa ou cemitério clandestino estão esses cariocas e fluminenses desaparecidos? Quantos foram incinerados por bandidos? Casos como o do Morro da Providência, ocorrem numa extensão obscena no nosso Estado, com a diferença de não serem elucidados.”, afirma Antonio C. Costa, presidente do Rio de Paz.



Serviço

Evento: “Os 4.000 que estão para morrer: quem os salvará?”
Data: 27 de junho (quinta-feira)
Local: Praia de Copacabana – Em frente à Av. Princesa Isabel
Horário: das 6h às 11h

terça-feira, 24 de junho de 2008

O SÉCULO DE SANGUE



Veja o que já foi derramado de sangue no Estado do Rio de Janeiro nesse início de século. Aqui vai pela milésima vez a frase que tem norteado o trabalho do Rio de Paz: " Para que o mal triunfe, é necessário apenas que os homens de bem permaneçam inativos".

OS NÚMEROS DE 2007


Aqui estão os números do que aconteceu perante os seus e os meus olhos. Você não tem nada a ver com isso?

PROJEÇÃO DA VIOLÊNCIA PARA 2008-FONTE:CESEC



É inacreditável, mas é isso o que nos aguarda para 2008 no campo da segurança pública. Recebi ontem à tarde essa tabela que me foi enviada pela Julita Lemgruber, que é a diretora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania. Por isso, estaremos de volta à Praia de Copacabana nessa próxima quinta-feira a fim de fazer um alerta: 4000 pessoas no mínimo estão para morrer no segundo semestre de 2008. Quem as salvará?

domingo, 22 de junho de 2008

46 YEARS OLD

Acabei de fazer 46 anos. Com 20 sonhava todos os dias em pegar onda no mundo inteiro, conhecer todas as ilhas e em cada uma delas ter um caso de amor. Ao som do rock progressivo do Emerson, Lake and Palmer, Triumvirat, Jean-Luc Ponty, sonhava com uma vida de sol, água salgada e amor. Mas, ali mesmo, por algum motivo, passei a considerar a brevidade da vida e o caráter efêmero de todas as coisas. O que somos?

Hoje percebo empiricamente que não estava errado. Comecei a sofrer as primeiras perdas. Alguns amigos já se foram, meu pai se foi e não tenho palavras para descrever a saudade do tio João. O conhecimento crescente da vida que nos cerca, da forma como a sociedade está estruturada, especialmente quando vistos à luz da história geral da raça humana, essa saga de sangue, guerra e morte, faz-me muitas vezes experimentar o gemido pela redenção do qual o apóstolo Paulo fala. Que Cristo volte logo.

Não, não estou doente. Não estou vivendo alguma desgraça pessoal. Nunca vi meu ministério dar tanto fruto. Estou bem casado, meus filhos gozam de saúde e estão em comunhão com a igreja. Recentemente estive pegando onda na Costa Rica, e, de uns meses para cá voltei a dirigir moto. Já fiz duas viagens com os membros motociclistas da igreja. Bom, estou vivo.

O problema é olhar tudo ao me redor e sentir que não fomos feitos para esse mundo. Essa presente ordem é absurda. Confesso que o contato com a violência no Brasil, em especial, na minha cidade, tem causado horror e espanto ao meu coração. Por isso clamo: volta logo Senhor Jesus.

Hoje, sem Cristo e a esperança bendita do evangelho não saberia o que fazer da minha própria vida. Bendito o dia que conheci Jesus, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A TEMPESTADE PASSA


Lembro-me de numa certa ocasião haver pregado sobre o texto que retrata a tempestade que os discípulos de Cristo tiveram que enfrentar no Mar da Galiléia. Naquele dia fiz uma série de considerações sobre o papel das tribulações em nossa vida e como enfrentá-las.

Terminada a pregação, o reverendo Antonio Elias, que estava presente, virou-se para mim e disse: "Olha, foi tudo bem. Só faltou você dizer uma coisa: a tempestade vem, mas a tempestade passa". Não me havia ocorrido naquele sermão esse fato da vida e que nos é apresentado pelo texto das Sagradas Escrituras. Deus permite que a tempestade venha, mas como Ele exerce controle soberano sobre todas as coisas, não permitindo jamais que sofrimento despropositado nos alcance, chega uma hora que esse mesmo Deus vira-se para a tempestade e diz: "mar, aquieta-te, vento, cessa".

Amigo, nesses últimos dias passei por uma grande aflição. Subitamente, ontem, tudo mudou. Do nada. Simplesmente a tempestade se foi. O mesmo pode acontecer com você. O segredo é não tomar decisão precipitada no meio da dor, ou seja, não saltar do trem justamente na hora em que ele está passando pelo túnel escuro. Permaneça aos pés do Senhor. Bíblia aberta, oração contínua e adesão firme à verdade. Não procurando uma teologia nova para justificar qualquer decisão pecaminosa que você esteja querendo tomar. Duvidando da dúvida. E, acima de tudo, divisando a glória de Deus como a meta suprema da sua existência. Aí, de repente, o mar se acalma, o vento cessa e de joelhos você glorifica a Deus pela sua fidelidade.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

terça-feira, 17 de junho de 2008

A PRESENÇA DO EXÉRCITO NO RIO DE JANEIRO

Saiu na edição de hoje do jornal O Globo um entrevista dada por mim sobre o incidente envolvendo militares do exército no Morro da Providência. O jornal afirma que declarei ser favorável a presença do exército na cidade do Rio de Janeiro. É isso mesmo. Foi o que falei e tenho falado desde o início do ano passado. Eis as minhas razões:

1. O Rio de Janeiro experimenta nos dias de hoje um quadro de ingovernabilidade no campo da segurança pública. Pense nos seguintes fatores: a corrupção das polícias, a falta de policiais para a ação ostensiva, o envolvimento de parlamentares com o crime, a expansão das milícias, o poder bélico do tráfico, o caos urbano das áreas pobres, os graves problemas sociais das classes de baixa renda, os interesses corporativistas dos que se recusam a pagar o preço da paz, o número de dependentes químicos de drogas e as rotas abertas (portos, aeroportos, estradas) para a chegada de armas e drogas (num estado que não produz nem uma coisa nem outra). Que governador pode dar conta de uma situação como essa?

2. Os números da violência são absurdos sob todos os aspectos.

3. Milhares de cidadãos fluminenses estão privados dos seus direitos elementares (direito de ir e vir, livre expressão e vida) em razão de morarem em áreas dominadas pelo crime organizado.

4. Aproximadamente 4000 pessoas estão para ser mortas mediante assassinato em razão dos males que acabei de citar. Há uma justificativa moral para uma ação que tenha como meta impedir esse massacre.

5. Nossa polícia não dispõe de recursos humanos e técnicos para dar conta dessa avalanche de maldade.

Responda-me uma pergunta: se você soubesse que há 90% de chance de um parente seu fazer parte dessa lista dos 4000 que vão morrer caso nada aconteça, o que você esperaria que o poder público fizesse?

Para lançar luz sobre os últimos acontecimentos:

- O que esses miltares fizeram com os três jovens do Morro da Providência é hediondo.

- Oficiais do exército já vieram a público reconhecendo o erro.

- O que aconteceu com esses jovens acontece todos os dias no Rio. Qualquer morador de área pobre conhece o "carro da linguiça". Trata-se de um veículo conduzido por policiais para onde são lançadas pessoas que somem para sempre. Sabe-se que traficantes matam sem deixar vestígio. A milícia também some com pessoas. Ano passado mais de 4500 pessoas desapareceram no nosso estado. O que houve de diferente nesse episódio é que a população gritou. E fez bem. É isso o que falta.

- Uma pergunta: se essas torturas seguidas de morte as quais foram submetidos esses jovens tivessem sido perpretadas por policiais, traficantes ou milícia, haveria a quem procurar? Morador pobre tem como reclamar de ações análogas praticadas por essa gente?

- Até onde sabemos o que houve sábado passado trata-se de um caso isolado, não representando o retorno do exército brasileiro aos anos de tortura, maldade gratuita e imbecilidade.

- Precisamos do nosso exército.

- É frustrante para moradores que se encontram sob o fogo cruzado do crime organizado e de policiais corruptos e mal preparados (o que não é o caso de todos os policiais) ver o exército brasileiro trazendo solução para conflitos vividos por haitianos (o que é bom), mas fazendo o papel de espectador da maior tragédia social do presente momento da história do nosso estado.

Só a perda da capacidade de se importar com o próximo nos ajuda a compreender a completa falta de discussão sobre o que fazer para salvar os 4000 que estão caminhando para a morte. O luto aguarda muitas famílias no nosso estado. Que algo seja feito já para evitar tamanho mal.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

A PROFECIA ÓBVIA

O QUE ESCREVI SEMANA PASSADA
"O Estado do Rio de Janeiro tem enfrentado o drama de enterrar anualmente 8.000 pessoas vítimas de homicídio. Se somarmos a essa estatística o número de cidadãos fluminenses assassinados, mas que constam na lista de desaparecidos (4.633 no ano passado), essa cifra pode chegar a mais de dez mil homicídios. Policiais e pesquisadores no campo da segurança pública têm afirmado que provavelmente 70% dos casos de desaparecimento resultam de assassinatos. Isso significa que até o final do ano pelo menos 4.000 seres humanos terão a vida ceifada, de uma forma ou de outra, no Estado do Rio de Janeiro. Sim, gente que nesse momento está viva não estará mais entre nós dentro de poucos meses, dias ou horas. Famílias inteiras estão prestes a iniciar uma nova fase da sua história – a luta contra a depressão em razão da saudade do parente assassinado".

O QUE ACONTECEU AINDA AGORA NO RIO - Fonte O Globo

Homem é morto em suposta tentativa de assalto no Elevado da Perimetral
O advogado Amilar Vieira Filho, de 83 anos, (foto abaixo), foi morto na tarde desta quarta-feira no Elevado da Perimetral, na altura da Praça Mauá. A vítima dirigia um Toyota Corolla quando foi baleada. Segundo testemunhas, três homens que ocupavam um Prisma desceram do carro para fazer um arrastão. Um motorista reagiu, fazendo um disparo, e um dos ladrões abriu fogo, atingindo Amilar no peito. Os bandidos fugiram. Ainda de acordo com testemunhas, parentes da vítima viram a ação dos bandidos.

O crime aconteceu próximo à Polinter, no que se supõe ser uma tentativa de assalto, de acordo com a Coordenadoria de Vias Especiais (CVE). A polícia também não descarta a hipótese de execução.

Foto do parente chorando

terça-feira, 10 de junho de 2008

DOMINGO NO LEBLON

segunda-feira, 9 de junho de 2008

COBERTURA DO JB



Aqui vai mais uma primeira página do Rio de Paz, isso porque a nossa imprensa está pronta para cobrir a luta da sociedade contra o crime.

O RIO DE PAZ UNINDO A CIDADE PARTIDA


Essa é uma das fotos de jornais do Rio de Janeiro sobre mais um ato público do Rio de Paz. Só que dessa vez não fomos sós para as ruas. Tivemos amigos e gente de fibra do nosso lado. Gente que entrou na briga, para mediante o uso das armas da razão, da criatividade e da lei vencer a batalha contra o crime no Brasil, começando pela cidade onde nasci - o Rio de Janeiro. A estrela de Davi e a cruz manchadas de sangue simbolizam a morte de um senhor judeu de 85 anos, sobrevivente do holocausto, assassinado na frente da filha, e a morte de um jovem músico evangélico, executado por policiais militares, que além de o terem matado botaram numa mochila que ele não tinha uma granada, uma pistola 765 e 158 papelotes de cocaína, caracterizando a morte de um inocente como se fosse a morte de um criminoso.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

OS 4000 QUE ESTÃO PARA MORRER

O Estado do Rio de Janeiro tem enfrentado o drama de enterrar anualmente 8000 pessoas vítimas de homicídio. Se somarmos a essa estatística o número de cidadãos fluminenses assassinados, mas que constam na lista de desaparecidos (4633 no ano passado), essa cifra pode chegar a mais de dez mil homicídios. Policiais e pesquisadores no campo da segurança pública têm afirmado que provavelmente 70% dos casos de desaparecimento resultam de assassinatos. Isso significa que até o final do ano pelo menos 4000 seres humanos terão a vida ceifada, de uma forma ou de outra, no estado do Rio de Janeiro. Sim, gente que nesse momento está viva não estará mais entre nós dentro de poucos meses, dias ou horas. Famílias inteiras estão prestes a iniciar uma nova fase da sua história – a luta contra a depressão em razão da saudade do parente assassinado.

Uma sociedade que tem um prognóstico de morte certo como esse, em razão da ineficiência histórica do estado em conter o mal e promover o bem, não pode deixar de pensar em um plano de salvação imediata para os que caminham a passos largos para o fim brutal de suas vidas. Falar apenas em termos de soluções de médio e longo prazo, num cenário como esse, significa afirmar que milhares vão morrer, entre os quais possivelmente você e eu, ou um dos nossos filhos, e tudo o que temos que fazer é sujeitar-nos em resignado silêncio ao poder da barbárie. É sofrer derrota da pior espécie: a derrota de quem perdeu por haver se recusado a lutar. Num cenário como esse o que não podemos é decidir não decidir, permitir que a maldade dos perversos seja reforçada pela fraqueza dos virtuosos, tornando-nos desse modo cúmplices de um massacre de vidas humanas. Em suma, há uma justificativa moral para que algo seja feito imediatamente.

Os relatórios da ONU, da Anistia Internacional e do IBGE sobre a segurança pública do estado do Rio de Janeiro divulgados recentemente, os números do Instituto de Segurança Pública, a expansão das milícias, a corrupção das polícias, o poder bélico do tráfico e os fortes interesses corporativistas daqueles que não querem pagar o preço da paz, são alguns dos sinais de que o Rio de Janeiro tornou-se ingovernável no campo da segurança pública.

A maior necessidade de quem governa um estado como o nosso é a presença de humildade para admitir o fato de que é impossível dar um fim aos crimes que nos envergonham sem o apoio da população, do governo federal e das forças armadas. A experiência do exército brasileiro no Haiti prova que podemos garantir um mínimo de ordem para as áreas que se encontram sob o domínio do crime organizado, resgatando seus moradores da ditadura que os mantém sob os mais diferentes tipos de terrores e humilhações (não pode uma mãe, por exemplo, pedir a Deus para que a filha não nasça formosa a fim de que esta não seja forçada a virar mulher de traficante). Uma ação dessa natureza garantiria ao estado condições de poder entrar com políticas públicas em áreas pobres, adquirir tempo para reestruturar suas polícias e preservar milhares de vidas. Convocar o exército para um trabalho como esse não é o ideal, mas menos ideal ainda é o quadro de cidadãos desse estado tendo que viver em território ocupado por bandidos. Homens e mulheres, na sua maioria esmagadora pobres, privados do direito de livre expressão, do direito de ir e vir e do direito à vida. E ainda tendo que pagar ao mesmo tempo imposto para o estado e para marginais.

A população não pode esperar a tragédia alcançar a sua família para aprender a ser gente. Chegou a hora de eliminarmos as nossas diferenças unindo-nos em torno de um objetivo que é comum aos seres humanos em geral, o respeito ao direito à vida. É tempo de não permitirmos que o mal triunfe mediante a inatividade dos bons. Precisamos compreender que correr o risco de lutar por uma causa e fracassar é preferível à vergonha de ter que admitir para filhos e netos que fomos covardes. Sim, é momento de agirmos. Não um espasmo ou catarse coletiva após uma morte que causou comoção social, mas uma ação firme e contínua, de um povo capaz de usar as armas da razão e da lei, que só tem a temer o deixar o Rio de Janeiro entregue aos perversos.

Que o povo e o governo se unam para o resgate da plena experiência democrática: liberdade com justiça. Que haja humildade e coragem por parte dos nossos governantes para rever caminhos e admitir limitações e envolvimento por parte da população por saber que sua salvação está nas suas mãos.

Antônio Carlos Costa
Presidente do Rio de Paz

A INÉRCIA DOS BONS

É meu objetivo, sendo alguém que viveu e foi atuante nesses dias, mostrar com que facilidade a tragédia da Segunda Guerra Mundial poderia ter sido evitada; como a maldade dos perversos foi reforçada pela fraqueza dos virtuosos (Winston Churchill).

QUANDO AS PEDRAS CLAMAM

Aqui vai o discurso da deputada Cidinha Campos (a quem conheço só de nome) que acabei de ler no blog do excelente coronel da Polícia Militar, Antonio Carlos Carballo. Veja porque sem participação da população nas ruas não há esperança.

ESCANDALO NACIONAL, VERGONHA INTERNACIONAL

Discurso da Deputada Cidinha Campos:

Senhor Presidente,

Senhoras e Senhores Deputados,

o que eu tenho a dizer não é tão grande que eu não pudesse usar um aparte para fazê-lo, mas eu achei que seria tirar o tempo do debate que está se ouvindo aqui, porque tem sido muito bonito.

E eu quero cumprimentar o Deputado Paulo Ramo - não é sempre que eu faço isso, não é, deputado? - pelo seu discurso desta tribuna.

Falou-se muito aqui, Senhor Presidente, sobre estado de direito. Acho que do estado de direito já se falou demais. Nós temos que falar do Estado direito. O Estado direito é aquele em que o deputado trabalha, vive com o seu salário, não rouba de ninguém, não tira dinheiro da escola de criança. Esse é o Estado direito!

Não vou fazer nenhuma análise jurídica. Eu vejo com espanto que na hora de defender um deputado, vão procurar na Constituição o amparo para livrá-lo de uma punição. Mas esse deputado que foi Chefe da Polícia deste Estado do Rio, não respeitou nem o Código Penal, nem o Código Civil. Nada! Na hora de se defender, todos buscam a legalidade ideal: a Constituição Federal que ninguém respeita.

Esta Casa, é claro, tem competência para tirá-lo do xadrez, mas não tem legitimidade. Sabe por que, Senhor Presidente?

Porque 40% desta Casa estão envolvidos com a marginalidade: 40% de uma casa política envolvida com bolsa-escola, máfia dos combustíveis, assassinato, grupo de extermínio, extorsão, milícia e tráfico.

Que legitimidade tem esta Casa para dizer que ele tem que sair da prisão? Estão votando em causa própria! “É ele hoje, sou eu amanhã” – como já disseram aqui uma vez.

Então, qualquer que seja esse resultado e eu já sei qual será como sabia que ele ia ser preso – e V. Exa. é testemunha que eu sabia que ele ia ser preso - como sei que outros serão. Serão presos e nós nos vamos enfraquecendo a cada passo.

As argolas que querem tirar do pé do Álvaro Lins já estão chegando aos nossos pés, porque nós estamos implantando no Poder Legislativo do Estado do Rio de Janeiro o poder da bandidagem, da falcatrua, da falta de respeito à população e ao direito do Estado, ao Estado direito.

Senhor Presidente, eu trouxe documentos aqui. Tem gravação. Eu tenho a degravação completa da investigação da Poeira no Asfalto. O chefe do gabinete do Dr. Álvaro Lins tratando da falcatrua que ia fazer naquele direito especial do imposto do ICMS que o Garotinho ia botar.

Ele não está sendo julgado por isso, mas também será e nós vamos perder o bonde da história, porque ele é o principal envolvido na máfia dos combustíveis. Mas como é que vai votar esta Casa? Dos oito presos, um é funcionário daqui. A mulher do Sr. Álvaro Lins, a ex, é funcionária da Casa, e os outros, os demais, todos foram homenageados pela Casa, todos os bandidos receberam moção desta Casa, alguns receberam três ou quatro. Mas que moral tem um Deputado que dá moção para esses bandidos? E eu não estou nem falando do Álvaro Lins que recebeu a Medalha Tiradentes e outras coisas. Estou falando dos “inhos” todos. Bandidos pés-de-chinelo que receberam moção, medalha de diversos Deputados, a maioria de Deputados também envolvidos em outras denúncias de corrupção.

Eu acho, Senhor Presidente que é um discurso perdido. Quando a gente se opõe ao sistema, porque isso virou um sistema, chega a ser perda de tempo. Mas o que estou fazendo aqui se eu não fico pelo menos indignada com o que está acontecendo? Então, eu sei que ele vai sair por aquela porta, vai usar os instrumentos que tem, como disse bem o Senhor Deputado Paulo Ramos, como ex-Secretário de Segurança Pública, para desvirtuar a investigação. E não é só ele, são dois ex-Secretários, ele e o Ricardo Hallack, que é outro bandido de primeira classe muito homenageado nesta Casa.

É um discurso vazio. É um discurso que não vai dar em nada.
Pode sair, Senhor Deputado Álvaro Lins! A Casa é sua!

terça-feira, 3 de junho de 2008

PRATICAR O CRISTIANISMO: A PRINCIPAL PARTE DA VIDA CRISTÃ

Aqui vai uma frase do grande pastor batista Martin Luther King. Esse homem tem sido fonte constante de inspiração para a minha vida.

“É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão, que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver”.

O DEUS QUE JUSTIFICOU A SI MESMO EM UM MUNDO SOFREDOR


Essa foto extraída da Folha de São Paulo, foi tirada recentemente na China, logo após o terremoto que ceifou milhares de vidas. Medite nessa cena a luz da imagem do Cristo crucificado ou do Cristo chorando enquanto olhava para Jerusalém. Como disse John Stott, na cruz Deus não apenas justifica ao pecador, mas justifica a si mesmo em um mundo sofredor.

MISCELÂNEA DE AFIRMAÇÕES SINCERAS - I

1. A PRINCIPAL MISSÃO DA IGREJA É PREGAR O EVANGELHO DE CRISTO.

2. HÁ UMA ÉTICA DE NATUREZA PRIVADA NA BÍBLIA E UMA ÉTICA DE NATUREZA PÚBLICA. WILBERFORCE (LÍDER ABOLICIONISTA INGLÊS) NÃO APENAS ACHAVA QUE OS CRENTES DEVERIAM TRATAR BEM OS ESCRAVOS, MAS ACABAR COM A ESCRAVIDÃO.

3. CONTINUO ORANDO, LENDO A BÍBLIA, CASADO E PREGANDO O EVANGELHO NA MINHA IGREJA E NAQUELAS QUE ME TÊM CONVIDADO PARA PREGAR.

4. NÃO VEJO RAZÃO PARA CRERMOS QUE ALGUÉM QUE ESTEJA APARECENDO NA MÍDIA TENHA NECESSARIAMENTE QUE CAIR EM PECADO.

5. HÁ UMA QUANTIDADE ENORME DE NÃO CRISTÃOS CUJA VIDA É MAIS RELEVANTE PARA O PAÍS DO QUE MILHARES QUE SE DIZEM CRENTES.

6. DEUS VAI TRAZER A JUÍZO UMA IGREJA QUE SE MANTÉM EM SILÊNCIO AO VER MILHARES ASSASSINADOS TODOS OS DIAS, ENTRE OS QUAIS MUITOS QUE SÃO CRENTES.

7. A LUTA PELA JUSTIÇA É UMA CONSEQUÊNCIA NATURAL DA PREGAÇÃO DO EVANGELHO E UM EFICAZ MEIO CONDUTOR PARA A APRESENTAÇÃO DO MESMO PARA OS QUE NÃO CONHECEM A CRISTO.

8. TOMAR A CRUZ E IR APÓS CRISTO É MUITO MAIS SÉRIO DO QUE IMAGINAMOS.

9. A DIVISÃO DA IGREJA NO BRASIL É TAMANHA QUE NÃO CONSEGUIMOS NOS UNIR NEM PARA FAZER O BEM.

10. AS TREVAS SEMPRE TRABALHARÃO PARA MOSTRAR QUE AS IGREJAS QUE SE ENVOLVEM COM A MISSÃO INTEGRAL NÃO CRESCEM.

11. MINISTROS APANHADOS EM PECADO NÃO PODEM SER HONRADOS PELO POVO DE DEUS.

12. O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA NO BRASIL É DE TAL GRAVIDADE QUE SOMENTE UMA MULTIDÃO NA RUAS PARA ELIMINÁ-LO.

13. NUNCA EM TODA A MINHA VIDA SENTI-ME TÃO FELIZ COM O MINISTÉRIO SAGRADO.

14. O FUNCIONAMENTO PERFEITO DO ESTADO NÃO É CAPAZ DE TORNAR SEUS CIDADÃOS PLENAMENTE REALIZADOS E FELIZES.

15. A AFIRMAÇÃO DE QUE O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA NO BRASIL NÃO TEM SOLUÇÃO PORQUE O MUNDO JAZ NO MALIGNO, DEVERIA LEVAR EM CONSIDERAÇÃO O NÍVEL DE SEGURANÇA PÚBLICA ALCANÇADO POR CENTENAS E CENTENAS DE CIDADES DO MUNDO INTEIRO.

16. LUTERO E CALVINO TINHAM ESPÍRITO PÚBLICO.