CÁLICES DIFERENTES
Todo homem deseja a felicidade. Isto todos sabemos. O que nem todos percebem é que podemos experimentar níveis de felicidade diferentes. Não falo propriamente sobre as diferenças óbvias de felicidade desta vida. Sei que uma é a alegria de participar de um banquete, outra é a alegria de ter um encontro com o amor da sua vida. Uma é alegria de ver seu time de futebol ganhar, outra é a alegria de ver a saúde de um filho restaurada. Penso acima de tudo numa felicidade de outra espécie. Aquela que tem a ver com o propósito para o qual o homem foi criado.
O Senhor Jesus ressalta que o homem foi criado para amar a Deus com toda a sua força, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Há uma alegria que tem relação com este mandamento. É de uma natureza diferente. É a alma alcançando sua plenitude. É o ser humano perante um bem eterno, perfeito e imutável. É a contemplação de uma beleza perfeita e que amou, ama e amará aquele que a adora.
Uma é a alegria dos animais, outra é a alegria dos anjos. Uma é a alegria da satisfação de um instinto humano qualquer, outra é a alegria da alma perante a sua "divina delícia". O cristão não menospreza os prazeres desta presente vida, mas é alguém que compreende que foi criado para um prazer maior. Perfeitamente adaptado à sua alma. "O vazio do coração do homem é do tamanho de Deus".
O que todos precisamos entender é que temos ambições diferentes. Há pessoas que são chamadas de ambiciosas por desejarem certas coisas. Mas, se sondarmos sua ambição perceberemos que seu problema deve-se ao fato de desejarem pouco. Elas se contentam com aquilo que satisfaz de igual modo os animais, mas que está longe de ser o que os anjos e os santos de Deus procuram. É ambição demais se satisfazer com sexo, álcool, fama, dinheiro e poder?
O cristão tem a ambição que o faz olhar para o alto. Clama por provar da plenitude daquele que é a porção da sua alma. O que ocorre é que temos cálices diferentes também. Muitos estão satisfeitos com o que alcançaram, mas por apresentarem recipientes pequenos diante de Deus, contentam-se com muito pouco. Outros alcançaram seu nível de plenitude, mas numa proporção tal que, não pode ser compreendida por aquele que não provou de tamanha expansão de alma. Penso que é chegada a hora de fazermos uma oração ambiciosa: "Deus, por obra do seu amor sem fim, amplie minha capacidade de recepção do seu amor. Não permita que o cálice da minha alma seja pequeno".
Meu cálice parecia de vinho do porto, mas quanto mais tenho aprendido esse cálice tem aumentado.
ResponderExcluirQuero meu cálice grande e sempre cheio!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA grande dificuldade de chegarmos a altura de tal ALEGRIA está relacionada a dificuldade de nos relacionarmos com Deus.
ResponderExcluirdevemos entender que não basta apenas um conhecimento existêncial de Deus.Também não basta um conchecimento concepcional Dele.
Para gozarmos de tal ALEGRIA, nos é necessário um conchecimento experimental que só é possível pela fé em cristo.
Não sejamos desatentos achando que gozaremos dessa ALEGRIA por um simples conchecimento concepcional de Deus.
oremos paraque a nossa geração venha a transcender a doutrina e ser levada pelo Espirito santo a um verdadeiro conchecimento de Deus, que está revelado no seu filho amado,CRISTO...somente CRISTO...
Martyn Lloyd-jones disse em seu comentário da carta à igreja de Efésios, que a doutrina não tem fim em si mesma, mas é por ela que chegamos ao conchecimento experimental de nosso Senhor Jesus.