quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O AMOR A DEUS E A SUPERAÇÃO DE LIMITES PESSOAIS


Há pessoas que nas melhores circunstâncias de vida são incapazes de servir a Deus, enquanto outras não permitem que limitação pessoal alguma as impeça de serem úteis na obra de Deus. Lendo esta semana o comentário de R. Kent Hughes (The Supremacy of Christ) sobre a Epístola aos Colossenses, tomei conhecimento de uma beleza de testemunho de vida cristã, dado por uma mulher africana convertida ao cristianismo, que soube mediante o amor a Deus superar grandes obstáculos em sua vida a fim de viver de modo frutífero.

Esta crente africana, após sua conversão, teve o seu coração cheio de gratidão a Deus, o que a levou a tomar a decisão de fazer alguma coisa para Cristo. Ela era cega, sem preparo intelectual algum, e com setenta anos de idade. Numa certa ocasião, ela procurou seu missionário, trazendo sua Bíblia em francês, e pediu-lhe que sublinhasse João 3:16 com tinta vermelha. Sem entender o que se passava, o missionário a observava quando ela tomou sua Bíblia e sentou diante de uma escola de garotos numa tarde. Quando a aula terminava, ela chamava um ou dois meninos e perguntava-lhes se conheciam francês. Quando eles respondiam afirmativamente, ela dizia: “Por favor, leia a passagem sublinhada em vermelho para mim”. Quando eles faziam a leitura, ela perguntava: “Você sabe o que isto significa?” E ela falava de Cristo para eles. O missionário diz que mais de vinte e quatro rapazes se tornaram pastores através do trabalho desta crente africana cega.

Penso que todos nós deveríamos viver pensando no dia, tão amplamente anunciado pelas Escrituras Sagradas, em que teremos que comparecer diante do trono de Deus. Ali haveremos de saber o que fizemos da nossa vida e dos recursos que Deus nos colocou em mãos para que o servíssemos. Naquele dia testemunharemos a experiência daqueles que com muito fizeram pouco, e a daqueles que com pouco fizeram muito.

Espero que você e eu não cheguemos de mãos vazias perante o trono de Deus no dia do Senhor. Que não sejamos precedidos por aqueles que amaram mais, se doaram mais, serviram mais, apesar de não terem tido os privilégios que nós dois tivemos.

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