segunda-feira, 27 de agosto de 2007

MAIS UM PEDIDO DE DESCULPA


Amigos e irmãos, mais uma vez venho me desculpar. Simplesmente, nestes últimos dias, não consegui arrumar tempo para escrever. E o que não falta é assunto. Vocês já viram a série de reportagens do jornal O Globo sobre o regime da ditadura que hoje reina nas áreas pobres do Rio de Janeiro? Que trabalho bom. Fora, os comentários que poderíamos fazer sobre o Supremo Tribunal Federal e o escândalo do mensalão. Bom, e o sermão de domingo que estão me cobrando e que desta vez foi anotado (como nos velhos tempos) apenas no papel? O que aconteceu agora? Naquela quarta-feira eu fui ao Maracanã com o meu filho Matheus e o Botafogo ganhou. Finalmente o bem venceu! Chegamos tarde em casa. Aí vai o restante da história.

Na quinta-feira tive que socorrer um amigo. Na sexta-feira tive que dar atenção ao filho mais velho e tratei de levá-lo à praia para ele pegar onda. À noite fiz o casamento de um irmão na fé americano, o Jay (muito amado do meu coração), que arrebatou o coração de uma ovelinha da minha igreja, a Luciane. Que beleza de casamento. Eu pregava em português e minha esposa fazia a tradução para o inglês (uma pessoa me ligou dizendo que quando ela falava havia mais unção). Fui dormir de madrugada.

Acordei no sábado e fui cedo para um congresso reformado de pentecostais que abraçaram a fé reformada! Assembleianos Calvinistas! Preguei e retornei para casa exausto. Almocei, dormi e acordei para orar e preparar minha mensagem de domingo. Deus me falou muito sobre a passagem da cura da mulher hemorrágica. Há muito tempo que não pregava sobre uma passagem narrativa da Bíblia, já que nos últimos anos fiz exposições bíblicas sobre as cartas de Paulo. Gozar da liberdade de escolher o texto da Bíblia que eu quisesse, sem ter que ser forçado a pregar sobre a passagem da semana (o que amo de verdade), foi uma experiência que chamaria de deliciosa. Parece que Deus derramou graça na pregação. Do púlpito podia ouvir os soluços de quem se identificou com a história daquela mulher e pôde experimentar da consolação do evangelho de Cristo.

Portanto, o domingo começou abençoado. Preguei duas vezes de manhã. Que alegria ver os efeitos terapêuticos da verdade no coração de pessoas que amo, os membros da minha igreja. Saí para almoçar, para logo após, me reunir com o conselho da igreja. Decisões de grande importância foram tomadas. A reunião ainda não tinha chegado ao fim e tive que sair correndo para mais um encontro dos voluntários do Rio de Paz. Uma reunião decisiva para a organização do movimento (vocês viram a reportagem do Globo sobre o Rio de Paz na edição de ontem?). Terminado o encontro, saí correndo para a Igreja Presbiteriana do Riachuelo a fim de pregar no culto de aniversário da sua junta diaconal. Voltei para casa, lanchei com o Pierre e apaguei em seguida.

Veio hoje. Saí para fazer minha caminhada de oração. Aproveitei para malhar na academia perto da minha casa. Cheguei da malhação, tomei banho e recebi em casa seis americanos que vieram para o casamento que eu havia celebrado na sexta-feira. Conversamos um bocado. Que quantidade de amigos americanos amáveis Deus tem me dado o privilégio de conhecer. Bom, aí o que aconteceu? levantei-me correndo da mesa e saí para uma reunião do comitê evangélico contra a violência no Rio. Um ótimo momento. Posso garantir que existem pastores de coração bom.

Saí da reunião é passei na casa do reverendo Antônio Elias. Ele vem a ser o pastor que fundou a igreja na qual me converti. Não tenho como avaliar o que devo a este irmão de 97 anos que hoje encontra-se em tratamento de diálise. O desgaste é imenso, mas ele está firme na fé. Lúcido e com o mesmo senso de humor. Como é bom ser crente. Na enfermidade Deus afofa nossa cama. Infelizmente não pude vê-lo. Ele fora ao hospital a fim de fazer mais uma sessão de diálise. Mas, foi o tempo de orar com dona Maria José Elias, sua esposa, e ouvir dos seus lábios a experiência que ela teve ao ouvir a última pregação do reverendo antes de ele ter o problema renal. Ela conta que nunca o viu tão ungido. Sua vontade era de chorar ao ver o marido pregar. Creio que aí está o teste do pregador: sua mulher é capaz de escutar sua mensagem com prazer e até mesmo ser levada às lágrimas?

Amanhã terei mais trabalho. Reunião com a equipe de pastores, aconselhamento, condução da reunião de oração semanal da igreja e pregação sobre a carta aos colossenses. Mas, tudo leva a crer que quarta-feira, se Deus permitir, terei tempo para orar e estudar. À noite, Maracanã. Desta vez o confronto claro do bem contra o Mal. Botafogo (o nome do time já é pentecostal) e Flamengo. O duro é que eu soube recentemente que meus pais se conheceram num baile do Flamengo. Caramba, minha história tem a ver com a história desse clube!

Como é bom viver! Viver com o Senhor Jesus.

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