O FÓRUM - I
O Primeiro fórum sobre Violência, Participação Popular e Direitos Humanos, realizado pelo Rio de Paz e a ONU, chegou ao fim na tarde de hoje. Todos os cariocas deveriam ter ouvido tudo o que pudemos ouvir nestes dois dias. O quadro do desrespeito à vida, em especial, da violência no Rio de Janeiro (o que não é privilégio apenas da nossa cidade)é gravíssimo.
Um ex-comandante do Bope fez as seguintes declarações: "estamos enxugando gelo", "estou cansado da guerra", "não dá mais para ver áreas ocupadas pelo crime sem a presença do Estado". Isto significa, que um policial tarimbado, percebe a ineficácia de um política de segurança pública de confronto, que não venha acompanhada da presença definitiva do Estado nessas comunidades dominadas por bandidos. A classe média está vibrando com uma espécie de combate ao crime, comprovada historicamente como ineficaz. Lembre-se que o filme Tropa de Elite, retrata uma realidade de dez anos atrás. Dez anos. O que mudou? É so morte de policial e traficante.
O delegado da polícia federal, Antonio Rayol, falou no debate de hoje sobre o quanto uma ação inteligente da polícia poderia prender estes mesmos traficantes sem derramar tanto sangue. Esses homens namoram, comemoram aniversário, vão ao shopping, assistem partida de futebol no estádio, ou seja, basta usar a cabeça, e essa gente haverá de parar atrás das grades, sem a necessidade de uma criança de 4 anos levar um tiro no coração.
Parabéns! Eu estive no Fórum e pude ver seriedade de mãos dadas com a competência, e, o que é melhor, pude sentir esperança; mesmo em face de aparentes divergências nos pontos de vista daqueles profissionais tão qualificados. Creio que a jornada a ser percorrida seja muito longa e árdua. Porém, se não fossem esforçosos como este, ainda estaríamos escravisando negros no nosso país; ou seja, assim como outras realidades tão tristes foram mudadas no nosso país, por que não a violência? Há esperança porque há esforços. Este Forum me convenceu disso.
ResponderExcluirAto falho: leia-se escravizando e não escravisando.
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