terça-feira, 9 de janeiro de 2007

SERÁ QUE AS COISAS PODEM MUDAR?


Observa-se nas rodas de conversa nas cidades brasileiras que o povo não acredita mais em mudança. Dizem que os políticos não prestam, e que o próprio povo não vale nada. Há até uma piada famosa no Brasil inteiro que é bastante sintomática da patologia que enfrentamos. A piada que exalta as belezas naturais do Brasil, mas ao mesmo tempo destaca que o povo é quem estraga tudo. Mudar esse paradigma não é fácil. E não apenas pelas desventuras que nossa nação enfrenta. Pense na história da humanidade. Não há nada mais desalentador, por exemplo do que estudar história geral. É um banho de sangue do início ao fim. Nunca estudei sobre um povo que não tenha crescido através de guerra, que não tenha escravizado seu semelhante e não tenha oprimido à mulher. Como você vê, o problema não está só com o Brasil. O homem é um ser cindido. Nele há luz e sombra. Cordeiro e bode. Um bom realismo é saudável. Contudo, precisamos de nos lembrar também que existem nações que conseguiram encontrar uma forma civilizada de convivência. Se elas puderam nós podemos também. A pergunta que precisamos responder é a seguinte: como foi que elas chegaram lá? Que adaptações podemos fazer das suas experiências? Por exemplo, constata-se que pior do que o desperdício de recursos naturais é o desperdício de neurônios. Onde pode-se encontrar o registro de uma nação que cresceu sem educação? O que o movimento democracia viva se propõe a fazer é trazer à memória do povo brasileiro que vivemos num país rico. Temos recursos suficientes para vivermos com dignidade. Vivemos num país em que existem pessoas de talento com boas idéias. Tenho conhecido muitas delas. O que precisamos é permitir que suas idéias venham à tona, sejam discutidas e implementadas. Nossa nação tem uma boa constituição federal e é a maior força democrática da América Latina. O que necessitamos fazer é mostrar para o povo brasileiro os canais de expressão democrática da vontade popular.

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