terça-feira, 9 de janeiro de 2007

OS CASOS DE CORRUPÇÃO ENVOLVENDO O PARTIDO DOS TRABALHADORES


Penso que nós, protestantes, que conhecemos tudo aquilo que a Bíblia fala sobre submissão e respeito às autoridades constituídas por Deus, deveríamos nos reportar ao nosso presidente de uma forma sempre respeitosa. No calor do debate, com a imagem do presidente da república seriamente afetada por todos esses escândalos que envolvem pessoas muito próximas a ele, soa a oportunismo profético falarmos de forma desrespeitosa de alguém a quem devemos respeito.
Porém, não há nenhum pressuposto ético na fé cristã que nos impeça de exigir que as denúncias de corrupção que envolvem seu governo sejam apuradas. E caso se torne claro que tudo aconteceu com a sua anuência, não tenho dúvida de que, devido à gravidade dos fatos, ele deva voluntariamente largar o governo, ou sofrer processo de impeachment.
Creio que o nível de frustração quanto à ética na política no nosso país pode, de certa forma, ser proporcional ao nível de expectativa criada quanto ao governo do PT. Confesso que as minhas expectativas não eram grandes. A inexperiência administrativa, associada ao despreparo e pressupostos ideológicos que ainda regem a ação política de integrantes desse partido, levou muitos de nós brasileiros a terem pouca esperança quanto ao seu destino.
Quanto à descrença política que tudo isso produz, julgo que qualquer pessoa que tenha um mínimo conhecimento sobre o tema sabe que a tendência de quem assume o poder é de se deixar corromper por ele (isso não é privilégio do Partido dos Trabalhadores). De certa forma, é bom não ter esperanças quanto à possibilidade do mundo da política ser diferente. Lembrando o cineasta americano Woody Allen, que, num dos seus filmes, fez um personagem dizer: "Eu não me admiro das guerras acontecerem, o que me causa admiração, e sendo o homem quem ele é, é não termos mais guerras ainda", eu diria que não me admiro das coisas na política serem assim. Sendo o homem quem ele é, eu me admiro das coisas não serem piores. Um pouco de realismo político pode nos ajudar a tomar medidas que debelem o mal assim que ele se manifestar, ou até mesmo o desestimule.
O que precisamos é matar de vez todo romantismo político e lutarmos por leis que determinem penas proporcionais à gravidade do delito praticado por pessoas que não souberam usar a confiança depositada pelo povo em suas vidas a fim de se utilizarem desse poder delegado para o benefício da população. Qual deve ser a pena aplicada a uma pessoa instruída, possuidora de plena percepção das conseqüências dos seus atos e que traiu a confiança da nação? Se nossas penas fossem mais severas para este tipo de crime e a execução das mesmas garantida, não viveríamos nesse estado de coisas. O Brasil é o país da impunidade. Aqui, o crime compensa.

Um comentário:

  1. carrralho porra num tem merda nenhuma na inter do que euuuu quero

    ResponderExcluir