A CIDADE NÃO MAIS DIVIDIDA
Na semana passada o Rio de Paz foi para as ruas por motivos opostos. Na segunda-feira protestamos, nas escadarias da câmara municipal, contra o assassinato, praticado por policiais militares, de um rapaz de 19 anos, evangélico, pobre, morador de Bangu. Na quarta-feira protestamos contra o assassinato, praticado por marginais sem farda, de um senhor de 85 anos de idade, judeu, rico, morador do Leblon.
O que há em comum entre ambos os episódios? Ambos tratavam-se de vidas preciosas. Ambos foram cruelmente mortos. Ambos deixaram para trás parentes inconsoláveis. O Rio de Paz está agora preparando uma passeata com todas essas pessoas juntas. A comunidade judaica e a comunidade evangélica. Ricos e pobres. Todos encontrando forças em meio à dor para impedir que tamanho sofrimento não aconteça na vida de outros.
Fico feliz de haver abraçado essa causa. Não consigo mais ser ministro do evangelho dentro de quatro paredes. Quero continuar pregando o evangelho (o que jamais deixei de fazer, apesar de estar envolvido em tantas frentes de batalha) na minha igreja e nas igrejas do país que têm me convidado para o exercício da tarefa que mais amo: anunciar a graça de Deus que está em Cristo. Mas, esse evangelho que prego gera homens novos. Homens novos têm fome e sede de justiça.
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