domingo, 24 de agosto de 2008

OS JOGOS OLÍMPICOS

Eu não pude acompanhar esses jogos em razão do trabalho e de uma série de compromissos pessoais. Do que vi, gostaria de destacar as seguintes percepções:

1. O fato inegável de que com disciplina pessoal vai-se longe na vida.

2. O fato irrefutável de que "no pain no gain". Sem trabalho duro não se conquista nada (perdoa-me as duas obviedades, mas nunca é demais repeti-las no Brasil).

3. O voley brasileiro (apesar da derrota do masculino) é a pura demonstração dos princípios acima expostos. Quem conhece o investimento feito nesse esporte no Brasil, sabe do que estou falando. O problema do brasileiro não é genético, é cultural. Se fizermos a coisa com planejamento, metas claras, cronograma, disciplina, etc. vamos longe.

4. O futebol já revelou o contrário. O pouco preparo e escolhas erradas mostraram que talento sozinho não resolve.

5. A parte mais bonita da participação brasileira nos jogos é a beleza da mistura de raças, que demonstramos existir no nosso país quando nossos atletas estão juntos.

6. A China nos impressionou com o número de medalhas, mas poderia impressionar muito mais se respeitasse a declaração universal dos direitos humanos.

7. Não adianta o atleta chegar na frente da competição se não houve obediência às regras do jogo. Não adianta fundarmos impérios eclesiásticos, organizações que movimentam milhões e tornarmo-nos personalidades públicas se perdemos de vista o fato de que, os fins não justificam os meios.

8. Sou contra a organização de uma olimpíada no Brasil em 2016. Não porque seja contra esporte ou desconheça os benefícios sociais que uma competição dessa envergadura proporcionará para o país. Mas pelo fato de que, estes benefícios sociais jamais sobrepujarão os que adviriam de uma ampla mobilização para botarmos o Brasil em ordem, especialmente no campo dos direitos humanos. E mais, não podemos construir estádios antes de construírmos escolas e hospitais. É escarnecer da população organizar os jogos olímpicos antes de organizar o país.

9. A vida tem suas injustiças. Veja o caso do Diego Hipólito. Todos sabem que ele é um atleta excepcional. Mas, um atleta que falhou na hora em que não podia falhar. O erro cometido tratou-se de um caso isolado que não invalida sua qualidade como ginasta. Mas a vida é cruel nesse ponto. As vezes homens bons caem em pecado. Pecado que se torna público, mas que não depõe contra o todo da vida desses mesmos homens.

10. Chegar ao pódio de Deus, naquele santo dia em que todos teremos que prestar contas ao justo juiz do universo, deveria se constituir na preocupação diária de todos os cristãos. Que glória ser coroado por Deus na presença dos anjos e dos homens.

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