quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

EM DEZ ANOS, 500 MIL HOMICÍDIOS

Diz o jornal O Globo na sua edição de hoje que entre 1996 e 2006, o número de assassinatos no Brasil cresceu mais que a população. Desde 1996, foram assassinados 500.762 brasileiros.

Por causa disso, engajei-me nessa luta contra as mortes por assassinato no Brasil, entendendo que esse é o problema social mais grave da nossa história presente.

A partir de hoje, estará à disposição de todo o povo brasileiro, o Manifesto Rio de Paz pela Redução de Homicídios. Nesse documento estamos apresentando 15 reivindicações da sociedade civil, a fim de que haja uma queda significativa na taxa de homicídio no ano de 2008.

Consulte o site do Rio de Paz. Espalhe esse manifesto. Com o respaldo de milhares de assinaturas, tencionamos entregá-lo ao presidente da república, ao governador do estado do Rio de Janeiro e ao ministro da justiça.

Se você tiver uma idéia melhor ou algo a acrescentar, entre em contato conosco. Cremos que estamos fazendo o melhor. Nossa intenção é glorificar a Deus por meio dessa luta contra a destruição sistemática de seres que são preciosos aos olhos do Criador.

Com todo o respeito, só não me peça para orar. Muita oração tem sido feita. Muita oração precisa ser feita. Mas, sem ação, nossas orações são uma provocação a um Deus que pode muito bem nos dizer: "Por que clamas a mim? Diga ao povo que marche!" Não diga que o mundo não tem solução. O mundo não tem solução, mas viver em Paris, Buenos Aires, Santiago do Chile, Nova York é mais seguro do que viver no Brasil. Não venha me dizer que a evangelização é a única missão da igreja. Amigo, a evangelização visa produzir homens e mulheres novos. Homens e mulheres nascidos de novo têm fome e sede de justiça.

Afinal, estamos evangelizando para ter um mundo de igrejas de gente egoisticamente administrando sua suposta salvação ou pregamos para que surja nessa nação uma geração de gente santa e que por sua vez mude o rumo desse país, tal como crentes do passado fizeram em suas nações?

sábado, 26 de janeiro de 2008

O HOLOCAUSTO BRASILEIRO

Ontem participei de uma cerimônia no Palácio Itamaraty no centro do Rio em memória das vítimas do holocausto. O dia 25 de Janeiro foi estabelecido pela ONU como data para se lembrar o amargo episódio que representou a morte de 6 milhões de judeus. lições trazidas por esse episódio não podem ser esquecidas por nós:

1. Em nome de deus (falso deus) absurdos podem ser praticados. Para o mentor do Nazismo, Adolf Hitler, era da vontade de Deus que os judeus fossem eliminados.

2. Em nome da ciência (falsa ciência) absurdos podem ser levados a afeito pelo homem. Seguindo um raciocínio darwinista, Hitler julgava que a natureza ensinava que o mais forte deveria prevalecer, e que esse melhor exemplar da espécie humana era a raça ariana.

3. Uma nação inteira pode passar por um processo de engano coletivo. O Mein Kampf (Minha Luta), obra literária de Hitler que serviu de base intelectual para o Nazismo, foi bestseller na Alemanha no período anterior a Segunda Grande Guerra. Grande parte do povo alemão sabia onde seu líder queria chegar e acreditou nisso.

Bom, muitas outras percepções mais podem ser retiradas desse episódio. Nunca é demais lembrá-lo.

Permita-me, contudo, fazer um comentário do encontro de ontem, no qual estavam presentes o presidente da república, o governador do estado do Rio, entre outras autoridades mais e importantes figuras ligadas à economia nacional. Participar de um encontro em memória das vítimas do holocausto e não lutar para que o holocausto que está acontecendo diante dos nossos olhos no Brasil é uma completa contradição. Foi o que ressaltei nas entrevistas de ontem.

Hoje também ocorre uma espécie de genocídio no nosso país. A maior parte desses mortos por assassinato é jovem, pobre, de pele negra, do sexo masculino e fora da escola. Se na década de 40 do século passado houve uma tentativa de extinguir uma raça preciosa, o genial povo hebreu, hoje um outro exemplar precioso da raça humana, que trouxe ao mundo homens como Nelson Mandela, Luther King, Colin Powell, entre tantos outros que se destacaram no campo da arte, esporte, e que sob chibata plantaram, colheram, construíram para o homem branco - a raça negra, está perdendo milhares dos seus jovens, numa nação que precisa aprender que todos os homens foram criados a imagem e semelhança de Deus, e por isso devem ser tratados com cuidado infinitamente maior do aquele que dispensamos às obras de arte, tão cuidadosamente guardadas em nossos museus. Vai ao Louvre tentar danificar o quadro da Mona Lisa para ver o que acontece.

Que nos levantemos para deter esse holocausto brasileiro. Caso contrário, um dia, vamos nos envergonhar, tal como o povo alemão se envergonha do seu passado nazista, por termos convivido sem fazer resistência a esse massacre de gente pobre e negra que acontece diante dos nossos olhos no Brasil.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

JE SUIS DÉJÀ RENTRÉ!

Cheguei ontem da Costa Rica. Fomos de ônibus até San Jose e de lá tomamos avião para Lima (Peru) de onde rumamos para São Paulo e por fim, Rio. Ontem, foi o dia do reencontro com a esposa, com a casa, os livros e o trabalho: "Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?". Separei tempo para fazer uma das atividades que mais amo, que é orar pelas ruas calmas e cheias de verde do bairro onde moro.

Após muitos dias, pude dormir o sono dos justos. É a velha história do "home sweet home". Hoje, botei as leituras de jornal em dia, separei revistas para ler e fui orar em Itacoatiara. Moro numa cidade que não me faz sentir saudade da Costa Rica. Tenho para mim que essa região que vai de Angra até Búzios (incluindo Niterói!) é uma das mais belas do planeta. Que beleza ser carioca!

Chegaram os livros do Jonathan Edwards. Estou com a coleção da Universidade de Yale quase completa. Isso significa que vou escrever minha tese de doutorado a partir da leitura de literalmente tudo o que se tem notícia que o grande Edwards escreveu. Espero que isso me torne um melhor homem e traga a lume uma obra que revele a beleza da santidade de Deus.

Estou com convite para pregar em duas igrejas americanas no mês de Março. Devo estar partindo no final de Fevereiro para os Estados Unidos a fim de fechar parcerias para o Rio de Paz.

Amanhã estarei no Palácio Itamaraty, num encontro promovido pela ONU, com a presença do governador e presidente da república. O Rio de Paz abriu portas que não seriam abertas caso circunscrevesse meu ministério às quatro paredes da igreja.

Os resultado da viagem na minha relação com os filhos são sensíveis. Estamos mais unidos do que jamais estivemos. Fiquei duro, financeiramente no vermelho e carecendo de descanso das férias, mas feliz porque estou mais próximo dos meu dois meninos.

Sinto que o surf voltou para minha vida. Nunca o larguei, mas estou pensando em dar mais prioridade a ele nos meus momentos de lazer. Não posso descrever o prazer que senti nesses dias na Costa Rica e Panamá. Surfar na presença de Deus, para a glória de Deus e desfrutando das ondas de Deus. A sensação de se sentir vivo é muito legal. Não tenho ilusões quanto à vida. Tenho o vírus da morte dentro de mim e não dá para voltar a ser jovem. Mas, estou vivo. Quero fazer desse tempo que me resta o melhor possível. E, se aprouver a Deus, espero viver com qualidade de vida. Não quero ser um teólogo doente, sem contato com a vida, trancado numa biblioteca, longe dos filhos, tentando conhecer tudo e esquecido de si mesmo, em relação estreita com os livros, mas sem relação com esse livro chamado natureza, tão revelador da majestade de Deus. O pastor não tem que necessariamente se vestir de uma determinada maneira, ser gordo, se privar da prática de esportes e hobbyes que trazem dentro das suas limitações um certo refrigério à vida dura, curta e incerta que vivemos.

Bom, retornei e estou com um mundo de coisas para falar. Espero retornar mais tarde ao blog. Perdoa-me falar tanto sobre mim mesmo no blog. Bom, mas ele é para isso mesmo. É um diário pessoal que tornamos público. Creio que não legitima exaltação pessoal, que é uma coisa sempre esquisita. Mas, o que não devo fazer no púlpito - falar sobre minha vida - pois, estou ali para exaltar a Cristo e pregar sua Palavra, creio que no caso de um blog é legítimo. Espero que com esses relatos e impressões da minha experiência pessoal, pessoas que acompanham meu ministério possam saber com quem estão lidando e a quem estão ouvindo. Deliberadamente escrevo sobre algumas coisas para quebrar paradigmas. Deus me livre de me comportar como um idiota em vias de entrar numa avant premiere de crise de meia idade. Passar a viver para recuperar o tempo perdido, e, daí, passar a pecar e ter comportamento de garoto bobo. Mas, ajudar meus irmãos na fé a não se deixarem enjaular por uma subcultura religiosa, creio que isso é bom, mesmo que exija uma exposição maior da minha vida e ter que correr o risco de ser interpretado como alguém que vive a falar de si mesmo.

Um abraço para todos! Não deixem em hipótese alguma de orar, ler a Bíblia e ir à igreja.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

PUERTO VIEJO E COSTA DO PACIFICO

Faz alguns dias que sai de Porto Viejo, no Caribe. Agora estou no lado do Pacifico, nas praias de Malpais. Tenho muitas historias para contar, mas o computador que estou usando numa dessas casas de internet 'e uma miseria. Deixa ver se consigo escrever algo, mesmo com o constrangimento de nao conseguir acentuar nada.

Pegamos boas ondas em Isla Uvita dois dias atras. Foi o melhoir lugar da viagem, disparado, para o meu gosto. Altas esquerdas, perfeita e com um caqnal maravilhoso para voltar para o pico. Apesar da tendinite que me acompanhou quase que a viagem inteira, pude pegar boas ondas. Tive uma otima experiencia evangelistica com um surfista americano em Salsa Brava. Espero essa semana falar sobre ela. Tive um encontro tocante com um grupo de surfistas cristaos que estava em Salsa. O melhor surfista que pude ver em toda a viagem, foi justamente o lider do grupo. Um rapaz americano de 33 anos. Fizemos uma roda e oramos juntos na praia.

Hoje cai na praia de Santa Teresa. Foi um dos melhores mares da viagem. Descobri uma forma de lidar com a tendinite que 'e apertando o strep bem forte no braco. Hoje senti-me como nos velhos tempos. O condicionamento fisico melhorou e me vi remando e descendo as ondas como nos tempos de garoto, nas praias do Rio e Niteroi. Ninguem deveria deixar de lutar para esticar ao maximo a boa condicao fisica a fim de fazer as coisas que ama na vida.

Nunca mais farei essas viagens sem a minha esposa. Tenho sentido muita falta da sua companhia.

Hoje o pessoal da praia me chamou para uma partida de futebol. Meu time era formado por um italiano, um costariquenho, um americano e eu. Mas, nunca joguei com tanta gente ruim de bola. Uma tortura chinesa.

Fiquei muito feliz por perceber a repercussao dos protestos do Rio de Paz no Brasil, conversando com brasileiros que encontrei por aqui. Gracas a Deus por termos erguido a voz contra a loucura da violencia no nosso pais.

Pude orar bastante em Puerto Viejo. Como 'e bom reconhecer a soberania e o governo de Deus pelos locais por onde passamos.

Emagreci bastante. A viagem esta me desgastando tanto que, minha sensacao 'e que preciso de ferias das ferias. Interessante observar que meus filhos nao aliviam a minha e querem que eu tenha dentro d'agua performance de quem esta todos os dias no mar.

A vida intelectual foi para a cucuia nesse verao. Depois da minha conversao, creio que esse foi o mes que menos li. Trouxe uma penca de livros e nao li nada, com a excessao da minha Biblia em frances. Mas, a epoca era para estar com os meus filhos, disso nao tenho duvida. Por isso, nenhum arrependimento.

Estou saindo amanha para SAn Jose. Devo pegar onda pela manha e partir a tarde. Dia 22 estamos retornando para o Brasil. Quantas saudades.

Graca e paz para todos os que amam a Cristo, o Rei no universo.

sábado, 12 de janeiro de 2008

PANAMA E RETORNO PARA A COSTA RICA

Ja faz dias que saimos de Tamarindo, na parte norte da Costa Rica. Fizemos uma viagem cansativa ate a capital, San Jose. La, dormimos num quase albergue, na companhia de uma barata que incomodou um pouco. Fazia frio e o grupo de sete dormiu no mesmo quarto.

Apos a noite passada em San Jose, rumamos para a fronteira com o Panama. Uma longa viagem. Pegamos um onibus apertado, levamos umas sete horas para chegar ate a fronteira e fizemos nossa refeicao em restaurante de beira de estrada. Gracas a Deus ninguem passou mal. So nao aguentamos mais comer "casado", que vem a ser o PF daqui. Chegamos de noite na fronteira. Tivemos que passar pela aduana da Costa Rica e depois do Panama. Em seguida, tomamos uma van que apareceu do nada e que numa noite escura nos levou ate a cidade de David, no Panama. Que sufoco. Prancha para todo o lado, muita bagagem e uma parada repentina que o motorista fez que assustou a todos nos. Ao chegarmos a David, a triste noticia de que o proximo onibus para Almirante, de onde pegariamos uma bote para Bocas del Toro, so partiria as 3h30da madrugada. O que fizemos? Contratamos dois carros que nos levaram ate ao litoral cruzando a Cordilheira Centro-Americana. Um frio de rachar, muita neblina, fome, um motorista doido e o outro extremamente educado e filho de crente.

Chegamos de madrugada em Almirante. Nao queira conhecer Almirante. Tomamos um barco que nos levou para Bocas del Toro. Chegamos de manha. Escolhemos o nosso hotel e logo fomos para um pico de onda internacional, que se chama Carenero. Uma beleza de local e de onda. Porem, nenhuma onda de tamanho e uma correnteza insuportavel que nos fez remar duas horas seguidas. Simplesmente nao dava para sentarmos na prancha.

Como o mar no dia seguinte colou, tudo era em dolar e nao encontramos nada que se pudesse comparar a Angra e Arraial do Cabo, pegamos um barco de volta para a " maravilhosa" Almirante. Assim que chegamos, tomamos uma van ate uma cidade da fronteria com a Costa Rica chamada Sixaola. Saimos do carro e tratamos de atravessar a pe uma ponte que separa os dois paises. Acontece que no meio da caminho veio um caminhao e todos tivemos que encostar ao lado para que o caminhao passasse. A ponte era um horror. Buracos para todos os lados, e, embaixo, um rio enorme. Subitamente, um dos nossos resolve bater uma foto, esbarra num saco que levava o passaporte, dinheiro e celular do Paulo, e tudo despenca la de cima. Do alto viamos tudo afundar lentamente. Teve gente que entrou no rio e que com barco procurou salvar os documentos, mas nada. O Paulo nao pode atravessar a fronteira e teve que retornar ao Panama, para na cidade do Panama procurar a embaixada brasileira e tirar um outro passaporte. Parte do grupo prosseguiu viagem comigo. Chegamos a Salsa Brava ao anoitecer e logo nos alojamos.

Por enquanto, poucas ondas mais uma vez. Mas, parece que o mar vai crescer dentro de dois dias, o que nos deixa na expectativa de que vamos surfar bastante. O Paulo ja chegou a Costa Rica, orgulhoso de ser brasileiro, em razao do tratamento que recebeu na nossa embaixada no Panama, que prontamente tratou de prover um passaporte novo para ele. Ate foto ao lado de uma fotografia do Lula que havia na embaixada ele pediu que batessem.

Hoje o dia foi otimo. Dos melhores. Parte do grupo foi mergulhar no exato local onde quebram as ondas mais bravas da Costa Rica, ou seja, no mesmo lugar onde caimos no inicio da viagem. Eu tratei de me distanciar de todos e fiz o que mais gosto, fui para um praia deserta orar, o que produziu um bem incalculavel para o meu coracao.

O grande ganho da viagem ate agora tem sido o meu relacionamento com meus filhos e as extraordinarias oportunidades que estou tendo de falar-lhes ao coracao e conhece-los melhor. Sinto que eles estao passando por um baita de um aprendizado de vida. Como tambem aprendendo a se safarem no exterior.

Hoje pude evangelizar um rastafari. Ha muitos deles aqui. Vivem para fumar maconha, escutar Bob Marley e surfar. Falei-lhes sobre a minha conversao, a realidade da morte e a necessidade de encontramos sentido para a nossa existencia, o que so e possivel em Cristo. O rapaz que me deu mais atencao (enquanto ele fumava maconha, obviamente. O outro, de vez em quando, abria os olhos, completamente alucinado) falou-me do terremoto que houve em 1991. Tres fatos interessantes ocorreram: o primeiro, a agitacao dos animais. Todos estavam como que a clamar. Segundo, a profunda alteracao que houve no pico de onda, que antes era muito melhor, mais alto e constante. O que ocorreu e que com o terremoto a terra subiu literalmente, e o fundo de coral que antes encontrava-se bem no fundo, hoje esta a mostra, representando uma ameaca constante para os surfistas. Por fim, o que achei mais interessante ainda. Ele disse que a cidade de Puerto Viejo, onde fica Salsa Brava, era muito violenta, mas apos o terremoto houve uma quase que completa alteracao no panorama, com as pessoas nao praticando mais os crimes que praticavam. Como dizia C. S. Lewis: " Deus fala na nossa consciencia, sussurra nos nossos prazeres e grita nas nossas tribulacoes. A tribulacao e' o megafone de Deus para um mundo surdo".

Depois gostaria de falar sobre as minhas impressoes do que tenho visto na America Latina. Saudade da esposa, dos demais parentes, da igreja, do Rio e da vidinha que levo no Brasil. Como e' bom saber que as ferias vao terminar em breve e que isso nao me trara tristeza, pois e' bom servir a Cristo, meu Salvador.

Obs. Perdao pela falta de acentos. Nao estou conseguindo acertar com os teclados aqui.

sábado, 5 de janeiro de 2008

TAMARINDO

Ola gente! Estou falando agora de Tamarindo, uma regiao da costa do pacifico da Costa Rica. Um lugar de ondas excelentes, mas que nao cooperaram essa semana. Nao peguei um mar sequer que fosse grande e bom. Mas, Isla Uvita, que maravilha! Ha muitos anos nao pegava ondas como as de essa ilha do Caribe. Fortes (soube de um rapaz que, alguns anos atras, quebrou a perna ao levar uma onda de Isla Uvita na perna), em pe e abrindo para a esquerda. Onda boa de dropar e botar para dentro. Um sonho. Uma verdadeira Disneylandia do surf.

Ja passamos alguns sufocos. Em Salsa Brava, meu filho mais novo, Matheus, saiu tarde de um mar "cavernoso" depois de haver perdido sua prancha numa onda onde ele jogou para dentro de um tubo grande. Teve que vir remando por entre as bancadas de coral com a ajuda do David (o mais preparado de todos nos), enquanto eu observava de longe, pois essa hora ja me encontrava fora da agua. Em Isla Uvita, so ouvi o grito: "pai". Era ele de novo perdendo a prancha. Tive que jogar a minha para ele e nadar para valer para pegar a prancha que a correnteza tratava de levar para bem longe. O que coseguimos com a ajuda de um dos surfistas da igreja que estao viajando conosco.

Hoje vamos decidir para onde ir. Provavelmente rumaremos para Malpais e de la iremos para o Panama. Em seguida, devemos voltar para Isla Uvita e de la subir para a Nicaragua. Haja disposicao. Ja meti meu joelho no coral, e agora estou tendo que administrar uma tendinite no braco direito. Dizem que a ideia de que a idade que se tem e' a idade que se pensa ter, tem ocasionado muitas lesoes musculares.

Ontem, tive um momento maravilhoso de reconsagracao da minha vida a Deus e ao ministerio sagrado na praia de Roca Bruja. Ajoelhei-me longe de todos e clamei por uma vida mais santa.

Depois conto mais.