RAZÕES PARA ENTRAR NO COMBATE
Pelo fato de perceber tanta gente apática, cética e indiferente quanto a tudo o que devemos fazer visando a defesa dos direitos humanos na nossa terra, com foco especial no problema da violência urbana, permita-me apresentar as razões pelas quais decidi fazer alguma coisa:
1. O quadro é excessivamente caótico. Não é que tenhamos alguns assassinatos que fazem parte do cotidiano de qualquer cidade grande. São milhares de homicídios. Uma patologia social grave. Por que matar pelas costas quem já deu o que tinha que dar para o assaltante? Por que torturar antes de matar? Por que jogar futebol com a cabeça do que foi assassinado (relato recente vivenciado por moradores de um bairro de São Gonçalo no Estado do Rio)? Por que amarrar o corpo da vítima à pneus e atear fogo (chamado forno microondas)? Até o dia de hoje, somente no mês de fevereiro, houve quase 200 homicídios no Estado do Rio de Janeiro. Nos últimos 10 anos tivemos 500.000 assassinatos no Brasil. Aproximadamente 570. 000 mandados de prisão expedidos pela justiça brasileira ainda não foram cumpridos.
2. Em termos de defesa dos direitos humanos e segurança pública estamos atrás de centenas de cidades de várias partes do mundo. Veja: não é que o homem não tem jeito e a vida é assim mesmo. O homem é cruel, reconheço. Organizar a sociedade é como organizar um hospício, já dizia o pensador francês Pascal. Contudo, em Paris, Nova York, Londres, Santiago do Chile, entre tantas outras cidades mais, não se vive como se vive no Rio. O alvo não é transformar nossa cidade num paraíso, mas numa lugar melhor. Outras alcançaram um nível satisfatório de respeito à vida. Por que nós não?
3. O braço do executivo no Brasil está mirrado. Parte da classe governante não pode agir. Encontra-se nas mãos dos que conhecem o caminho que aqueles tiveram que tomar para chegar ao poder. Estão sujeitos aos mais diferentes tipos de chantagem política. Talvez muitos dariam de tudo para se possível fosse tomarem um outro caminho no passado. Sujeitaram-se ao jogo e hoje estão presos a ele. Entraram na gaiola de ouro.
4. Sem participação popular o Brasil não muda. Temos que acompanhar de perto os passos dos que se encontram no poder. Estes são comissários da população que os elegeu. Sim, eles são homens e mulheres em cujas mãos um certo poder foi depositado para servirem ao país. É loucura parar o exercício democrático no simples ato de votar. É como depositar uma quantia de dinheiro nas mãos de um investidor e depois não se preocupar mais em saber o que ele está fazendo com o dinheiro. Grande parte dos que se elegeram já chega corrompida ao poder. Outra deixa-se corromper quando chega. Uma fração diminuta composta por pessoas de bem e que têm apreço pela pátria nada pode fazer. Nestas esferas a locomoção é quase impossível para qualquer pessoa bem intencionada. Carecemos, portanto, de saber o que está ocorrendo. O que esta gente está fazendo. Há lentidão? Há ligação com o crime organizado? Há burrice e falta de visão? Por que constrói-se toda uma estrutura para uma competição esportiva e não se encontram recursos para investir em educação, desfavelizar as cidades, construir mais presídios, pagar melhor nossos policiais e oferecer mais segurança nas ruas?
5. A mera discussão sobre os problemas da cidade e todo debate filosófico sem ação não mudam a história. Você deveria tomar a decisão de ficar calado se não faz nada. Eu, por exemplo, não o ouviria de boa mente. Não posso acreditar na sua indignação se ela o leva apenas a ficar rouco de tanto falar e não cansado de tanto agir.
6. Dizer que a maior certeza que se tem na vida é que Deus existe e permanecer inerte, e, não apenas isto, contribuir para a promoção do inferno sendo um péssimo marido, esposa, filho, amigo, empregado, patrão e cidadão é uma afronta aos céus. Até os demônios crêem e tremem. Não tenha a fé que a Bíblia chama no livro de Tiago de “fé dos demônios”. Que sua fé venha acompanhada de amor. Amor que o leve a se importar com o seu semelhante. E como corolário deste mesmo amor se importar com a sua cidade.
Aguardo por você. Começamos alguma coisa recentemente. Entramos de cabeça no Rio de Paz. Aí está um caminho de participação. Procure se informar. Entre em nosso site. Dê o seu nome. Participe das manifestações públicas. Ou, então, caso você tenha encontrado um caminho mais eficiente, vá à luta. Reúna pessoas. Pode ser que Deus esteja lhe levantando para fazer algo de especial. Falo com sinceridade. Só não fique parado, pois se nós não agirmos quem intercederá por nós e pelos milhares que amanhã poderão aparecer mortos? Como disse Edmund Burke: "Para que o mal triunfe, é necessário apenas que os homens de bem permaneçam inativos".
1. O quadro é excessivamente caótico. Não é que tenhamos alguns assassinatos que fazem parte do cotidiano de qualquer cidade grande. São milhares de homicídios. Uma patologia social grave. Por que matar pelas costas quem já deu o que tinha que dar para o assaltante? Por que torturar antes de matar? Por que jogar futebol com a cabeça do que foi assassinado (relato recente vivenciado por moradores de um bairro de São Gonçalo no Estado do Rio)? Por que amarrar o corpo da vítima à pneus e atear fogo (chamado forno microondas)? Até o dia de hoje, somente no mês de fevereiro, houve quase 200 homicídios no Estado do Rio de Janeiro. Nos últimos 10 anos tivemos 500.000 assassinatos no Brasil. Aproximadamente 570. 000 mandados de prisão expedidos pela justiça brasileira ainda não foram cumpridos.
2. Em termos de defesa dos direitos humanos e segurança pública estamos atrás de centenas de cidades de várias partes do mundo. Veja: não é que o homem não tem jeito e a vida é assim mesmo. O homem é cruel, reconheço. Organizar a sociedade é como organizar um hospício, já dizia o pensador francês Pascal. Contudo, em Paris, Nova York, Londres, Santiago do Chile, entre tantas outras cidades mais, não se vive como se vive no Rio. O alvo não é transformar nossa cidade num paraíso, mas numa lugar melhor. Outras alcançaram um nível satisfatório de respeito à vida. Por que nós não?
3. O braço do executivo no Brasil está mirrado. Parte da classe governante não pode agir. Encontra-se nas mãos dos que conhecem o caminho que aqueles tiveram que tomar para chegar ao poder. Estão sujeitos aos mais diferentes tipos de chantagem política. Talvez muitos dariam de tudo para se possível fosse tomarem um outro caminho no passado. Sujeitaram-se ao jogo e hoje estão presos a ele. Entraram na gaiola de ouro.
4. Sem participação popular o Brasil não muda. Temos que acompanhar de perto os passos dos que se encontram no poder. Estes são comissários da população que os elegeu. Sim, eles são homens e mulheres em cujas mãos um certo poder foi depositado para servirem ao país. É loucura parar o exercício democrático no simples ato de votar. É como depositar uma quantia de dinheiro nas mãos de um investidor e depois não se preocupar mais em saber o que ele está fazendo com o dinheiro. Grande parte dos que se elegeram já chega corrompida ao poder. Outra deixa-se corromper quando chega. Uma fração diminuta composta por pessoas de bem e que têm apreço pela pátria nada pode fazer. Nestas esferas a locomoção é quase impossível para qualquer pessoa bem intencionada. Carecemos, portanto, de saber o que está ocorrendo. O que esta gente está fazendo. Há lentidão? Há ligação com o crime organizado? Há burrice e falta de visão? Por que constrói-se toda uma estrutura para uma competição esportiva e não se encontram recursos para investir em educação, desfavelizar as cidades, construir mais presídios, pagar melhor nossos policiais e oferecer mais segurança nas ruas?
5. A mera discussão sobre os problemas da cidade e todo debate filosófico sem ação não mudam a história. Você deveria tomar a decisão de ficar calado se não faz nada. Eu, por exemplo, não o ouviria de boa mente. Não posso acreditar na sua indignação se ela o leva apenas a ficar rouco de tanto falar e não cansado de tanto agir.
6. Dizer que a maior certeza que se tem na vida é que Deus existe e permanecer inerte, e, não apenas isto, contribuir para a promoção do inferno sendo um péssimo marido, esposa, filho, amigo, empregado, patrão e cidadão é uma afronta aos céus. Até os demônios crêem e tremem. Não tenha a fé que a Bíblia chama no livro de Tiago de “fé dos demônios”. Que sua fé venha acompanhada de amor. Amor que o leve a se importar com o seu semelhante. E como corolário deste mesmo amor se importar com a sua cidade.
Aguardo por você. Começamos alguma coisa recentemente. Entramos de cabeça no Rio de Paz. Aí está um caminho de participação. Procure se informar. Entre em nosso site. Dê o seu nome. Participe das manifestações públicas. Ou, então, caso você tenha encontrado um caminho mais eficiente, vá à luta. Reúna pessoas. Pode ser que Deus esteja lhe levantando para fazer algo de especial. Falo com sinceridade. Só não fique parado, pois se nós não agirmos quem intercederá por nós e pelos milhares que amanhã poderão aparecer mortos? Como disse Edmund Burke: "Para que o mal triunfe, é necessário apenas que os homens de bem permaneçam inativos".
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